quinta-feira, 28 de março de 2013

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Por Daniel Duarte


"(...) a importância da filosofia na educação básica vai muito além da mera instrumentalização do pensar, do refletir ou do criticar."

A filosofia como um conhecimento histórico de mais de dois mil anos, por si só já tem importância pela bagagem cultural e epistemológica que desenvolveu ao longo deste período.
É inegável a contribuição de filósofos como Aristóteles, Platão, Descartes, Rousseau, Kant, Hegel, Marx, Gramsci, e outros que com suas reflexões e suas teses ajudaram e ajudam a sociedade ocidental a seguir seu desenvolvimento. 

No que se refere ao ensino de filosofia na educação básica, esta disciplina tem diversas possibilidades de contribuir para um melhor desenvolvimento da mesma. Muitas são as atribuições dadas ao ensino de filosofia e a sua importância na educação básica, alguns defendem que a filosofia é importante, pois ensina a pensar, ajuda a desenvolver o senso critico, ajuda na reflexão e que é importante para o exercício da cidadania, etc... 

Menciono aqui apenas os pontos considerados positivos, mas, certamente existem raciocínios contrários que divergem da importância da filosofia na educação básica.
Estes pontos positivos por vezes podem gerar nos professores de filosofia certa sensação de superioridade da filosofia sobre outras disciplinas, ou então causar certa desconfiança sobre as reais possibilidades de a filosofia dar conta de tamanha responsabilidade. 

Embora concorde em parte com estas afirmações, vou fazer algumas considerações que julgo pertinentes. 

Se “todos são filósofos” como se refere Gramsci, penso que a primeira hipótese que a filosofia ensina a pensar não se confirma, justamente porque acredito que ninguém ensina ninguém a pensar, e se isto fosse possível não seria privilegio apenas da filosofia, pois qualquer disciplina se bem ministrada, com professores qualificados e que saibam contextualizar o objeto de estudo com a cotidianidade, poderia “ensinar a pensar”. Portanto, todas as disciplinas tem esta capacidade. 

Ajudar a desenvolver o senso crítico e a reflexão e incentivar o exercício da cidadania, deveria ser tarefa de todas as disciplinas da educação básica, porém, talvez por incapacidade ou por acomodação na maioria das vezes este árduo trabalho fica como exclusividade das ciências humanas, sobretudo da filosofia e da sociologia. 

Afinal qual a importância da filosofia na educação básica? Penso que a filosofia junto com outras disciplinas, através de um trabalho interdisciplinar pode sim dar conta destas atribuições a ela referida, porém, penso que a importância maior da filosofia esteja na fundamentação teórica de tais conceitos. O que é o pensar? Qual a diferença do simples pensar para o pensamento filosófico? O que é a reflexão ou atitude reflexiva? O que é cidadania?

A filosofia tem importância quando se preocupa em fundamentar as proposições, ou seja, através de uma investigação seria e também de um método rigoroso de busca do conhecimento, busca explicitar o porquê do por que. Se não realizar tal tarefa a filosofia corre o risco de tornar a critica pela critica, o simples pensar por pensar, o refletir por refletir. 

De nada adianta exigir dos adolescentes determinados comportamentos, determinadas atitudes em relação à ética, politica, cidadania, se não leva-los a conhecer a fundo os conceitos e as proposições de tais temas. 

Ao fazer este movimento de busca radical dos princípios, a filosofia se diferencia das demais disciplinas, pois se for bem trabalhada com professores habilitados ela pode ser capaz de ultrapassar o questionamento superficial e vir a se tornar um conhecimento útil. 

Portanto, a importância da filosofia na educação básica vai muito além da mera instrumentalização do pensar, do refletir ou do criticar. A filosofia deve desvelar a gênese dos conceitos para que estes possam ser compreendidos na sua totalidade, e ao serem compreendidos possam ajudar na formação integral dos estudantes da educação básica. 

Daniel Duarte 
Professor de Filosofia e Sociologia. 

Fonte: 
http://boletimodiad.blogspot.com.br/2013/03/a-importancia-da-filosofia-na-educacao.html 

PASSOS DO ATRASO

Por, Jeferson Ávila


"(...) deputado e pastor Marcos Feliciano, você não me representa, pois, o seu cristianismo certamente não é o mesmo que o meu, que acolhe as pessoas, que respeita os diferentes e que esteve a frente das lutas pela redemocratização do nosso país."

A Câmara dos deputados tem nos revelado um triste cenário. Em tempos que poderíamos avançar nas políticas de afirmação dos direitos e da democracia, estamos dando lugar ao atraso e ao retrocesso. O pior de tudo é que grande parte da população está assistindo de braços cruzados. E vou além. Pergunto, os nossos vereadores se abstiveram deste debate? Infelizmente os legislativos também estão contaminando com o vírus da intolerância e do extremismo religioso. 

Não vejo problema algum em um pastor ser eleito para um cargo legislativo ou até mesmo presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (CDHM), desde que seja um líder religioso identificado com a garantia dos direitos humanos e da dignidade das minorias estigmatizadas, o que não é o caso do pastor Marcos Feliciano, um inimigo público e declarado das minorias.

Seus discursos racistas, homofóbicos e sexistas, estimulam a violação da dignidade humana de grupos historicamente perseguidos. O pior de tudo é que ele se utiliza das escrituras sagradas - uma interpretação insana, distorcida e racista da Bíblia -, para justificar suas posições preconceituosas e atrasadas.

Não, não foram esse os ensinamentos cristãos que recebi de meus pais, e que certamente foram responsáveis pela minha formação ética e cidadão. Por isso deputado e pastor Marcos Feliciano, você não me representa, pois, o seu cristianismo certamente não é o mesmo que o meu, que acolhe as pessoas, que respeita os diferentes e que esteve a frente das lutas pela redemocratização do nosso país. 

Ter Marcos Feliciano na CDHM é uma estúpida contradição. 

Mas, onde estão os nossos deputados, vereadores e lideranças para publicamente expressarem seu repúdio? Em tempos de acordos políticos, grande parte deles preferem assistir de braços cruzados, ou será que comungam dessas mesmas ideias? Lutar ainda vale a pena. 

Jornalista, Jeferson Ávila

terça-feira, 26 de março de 2013

PACTO DA EDUCAÇÃO OU IMPACTO DA NEGAÇÃO?


"Colombo não é um governo é uma réplica da inoperância, de irresponsabilidade como Silveira, ele é um fantoche produzido e alimentado pela mídia, pela federação das indústrias do estado, pela inconsciência do povo, pela incompetência do voto."

Assim poderíamos iniciar como advogados do diabo nosso descontentamento contra o Governo Colombo e sua trupe de malabares da mentira e contradição! Afinal o filho pródigo do ex Governador Luiz Henrique, tem acumulado junto a sua incompetência provada nas ações, o legado apodrecido das políticas emergentes de caráter puramente eleitoreiro de seu antecessor. Vejamos pelo estado quanto investimento em recapeamento de rodovias e acesso a municípios com superfaturamento na pavimentação 'casca de ovo' como ocorreu na BR 282 toda recapeada recentemente e se deteriorando vergonhosamente em muitos trechos da região oeste por exemplo.

Este pacto das rodovias não passa de mais pacto pelo acumulo ilícito do dinheiro público a ser dividido entre empreiteiras afilhadas do governo e afinadas com as falcatruas de trocas de favores na prestação de serviços. É o toma lá, da cá no jogo de cartas marcadas, e o 'onus' repassado ao cidadão, formando a lógica perversa dos roedores da máquina pública. Enquanto nós contribuintes continuamos transitando a deriva no abandono desqualificado da prestação de serviços, quando deveríamos ser contemplado de forma qualitativa e quantitativamente nas politicas públicas em conformidade com o que o estado 'usurpa' sob o nome de arrecadação do contribuinte.

Vejamos o midiático e escandaloso caso de deterioração da Escola Estadual Bom Pastor em Chapecó inaugurada em 2010, outra prova irrevogável de negação verdade. Um problema velado antes mesmo de sua forçada inauguração vetada pelo corpo de bombeiro tendo em vista irregularidades na obra e falta de habite-se da prefeitura. E agora eis que os problemas se levantam como prova concreta de que aquela pressa eleitoral de Luiz Henrique, Paulo Bauer, do ex prefeito de Chapecó e toda trupe de canalhas para acelerar o processo do término do “gaiolão escolar” superfaturado era enganar o povo. Com objetivo único a concentração de votos em Chapecó e pela Região Oeste como aconteceu na eleição dos dois aloprados ao senado federal com grande votação em Chapecó e o um pilantra sofista a deputado federal!

Não podemos esquecer que também a Udesc da cidade de Pinhalzinho inaugurada em 2005, pouco tempo após a 'Inauguração' apresentou inúmeros problemas com infiltração, chuva dentro da salas de aula, rachaduras no prédio, pintura comprometida entre outros e ai a pergunta de sempre: Porque edificações como a Escola Bom Pastor e a Udesc com avantajados investimentos poderiam apresentar sérios problemas meses depois de sua inauguração?

A pergunta que todo cidadão catarinense deve ainda se fazer é quantas obras além das citadas foram/são superfaturadas em Santa Catarina em troca de caixa dois pra eleição existe. E que hoje começam a apresentar os limites da engenharia do cagaço, dos materiais de baixo custo (superfaturados), das empreiteiras negando culpa, dos engenheiros propondo remendos e dos sujos empresários fazendo o lobismo por novas licitações e acordos na calada da noite. 

Enquanto isso nossos filhos, nós também os filhos adotados do estado continuamos segurando guarda-chuva nas salas de aula, guinchando veículos quebrados nas rodovias e morrendo na fila dos hospitais pelo abandono nas políticas da saúde pública. E enquanto isso o governo Colombo requentando a cartilha de seu antecessor e falando em pacto para todo o estado.

Colombo não é um governo é uma réplica da inoperância, de irresponsabilidade como Silveira, ele é um fantoche produzido e alimentado pela mídia, pela federação das indústrias do estado, pela inconsciência do povo, pela incompetência do voto. É uma falácia midiática a serviço dos interesses de grupo. Ele é uma massa clonada dos seus antecessores, desde de o aportar do navegador genovês Cristóvão trazendo seu sobrenome as nossas terras, ao acampamento do atual Colombo na ilha catarinense como agente público, saqueador de nossa confiança, roedor do aparelho do estado, dos direitos do povo. É sim, a mais imperfeita das mentiras eleitorais já produzidas, por que nem a isso tem autenticidade própria, dependendo até dos cartilhas ineficazes e requentadas de seus antecessores para governar, ele é a continuação de nossos erros. Mas ainda assim Colombo na soma geral não é culpado sabe porque:

… aquele buraco na rodovia;
… aquela rachadura no prédio da escola,
… aquelas goteira na escola, universidade,
… aquela falta de vagas nas escolas;
… aquela escola abandonada;
… aquele parco salário dos professores;
… aquela fila nos hospitais do estado;
aquela... aquela… aquela... 

... É CULPA DO VOTO INCONSEQUENTE!!! Agora Ele assume o “Pacto da Negação” de sua ineficácia e seus eleitores negam que um dia o apoiaram! Está tudo empatado, em 2014 teremos a prorrogação vamos ver o resultado final!

Neuri Adilio Alves
Filósofo Professor/Pesquisador

A ESTÉTICA E O LÚDICO

"(...) tanto a estética como o lúdico, nos tiram do mundo prosaico, racional-utilitário, para nos colocar num segundo estado, tanto de ressonância de empatia, de harmonia, como de fervor, de comunicação, de exaltação."

“O Estado estético é um segundo estado de felicidade, graça, emoção, gozo, felicidade. A estética é aqui concebida não somente como um caráter próprio das obras de arte mas também a partir do sentido original do termo aisthètikos de aisthanesthai, ‘sentir’. 

É uma emoção, um sentimento de beleza, de admiração, de verdade, e no paroxismo, de sublime; ele nasce não somente dos espetáculos ou das artes, evidentemente aqueles da música, do canto, da dança, mas também dos odores, perfumes, gosto dos alimentos ou bebidas, e ele nasce do espetáculo da natureza, do encantamento diante do oceano, da montanha, do sol nascente. 

Ele pode também nascer das obras, que inicialmente não tinham nenhum objetivo estético, como os antigos moinhos de vento ou as antigas locomotivas a carvão. Também, os objetos mais técnicos, como o automóvel e o avião podem se tornar carregados de estética.

A estética e o lúdico tem como traço comum ser sua própria finalidade, aí subentendido quando eles comportam finalidades utilitárias. 

A estética e a consumação tem por traço comum atingir o segundo estado, que pode se tornar soberano. 

A estética e o imaginário tem uma parte comum: a estética alimenta o imaginário e é em parte, alimentado pelo imaginário (epopéias, romances, poesias, esculturas, etc.) 

A estética e a poesia vivida tem em comum o encantamento que pode proporcionar um e outro.

O mundo contemporâneo presenciou o desenvolvimento de um vasto setor estético feito para alimentar nossos psiquismos, nossas almas. O romance ocupou um lugar considerável no século XIX, seguido no século XX pelo filme e pelas seriados de televisão. 

A estética contemporânea cobre uma vasta gama, que vai do mundo imaginário dos romances e os filmes, aos espetáculos, às festas, às viagens turísticas para visitar monumentos e paisagens, e comportam mais de mil pequenos prazeres da vida, mil pequenas delicias gastronômicas e enológicas, mil pequenas gotas de divertimento no quotidiano dos costumes. (...)

Em todos os casos, tanto a estética como o lúdico, nos tiram do mundo prosaico, racional-utilitário, para nos colocar num segundo estado, tanto de ressonância de empatia, de harmonia, como de fervor, de comunicação, de exaltação. Ela nos coloca num estado de graça, onde nosso ser e o mundo são um e outro mutuamente transfigurados, o que podemos denominar de estado poético.”

Edgar Morin;
O Método 5. A humanidade da humanidade. A identidade humana.Paris, nov. 2001, Éditions du Seuil. Tradução livre de Nurimar Falci, São Paulo, 2001. 

http://www.edgarmorin.org.br/index.php

sábado, 23 de março de 2013

LINGUAGEM CORPORAL! Sera?

"O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa!" (Eduardo Galeano)

Algumas coisas até me convencem em toda literatura das ciência humanas, aplicadas ou meramente interpretadas. Mas a grande parte tenho quase certeza de que não passa de masturbação mental. Falo isso sem restrição, e universalizo ao direito de cada um se manifestar dentro de sua área. 

Confesso! ... é inegável que o legado de Simund Freud, Carl Jung, Lacan entre outros foi e ainda será imprescindível para a vida acadêmica (eu disse vida acadêmica) porque para fora dela existe um abismo que não cabe mais nas paginas de um livro. 

Por isso, sem reciclar nosso modo de ver e 'reinterpretar' o mundo e suas relações no todo, passamos a viver das orgias seculares do apenas dito e aceitável nas páginas literárias da ciência aplicada ou comum das esferas acadêmicas. 

Ciência aplicada vai pra o museu, filosofia (como modo de rever o mundo) nunca vai pro museu, porque ela é sempre atual. Tão atual como a necessidade de dizer que um dos exemplos clássicos do senso introspectivo comum (simplista-ridículo-imperfeito-errôneo) são as entrevista de seleção de emprego proporcionados por empresas. 

Digo isso porque geralmente o método é um 'profissional' da personalidade tentando traçar um perfil, gélido sobre um individuo que nunca viu pela frente apenas pelo modo como se expressa de forma verbal ou corporal.Todos os testes vocacionais são ineficientes, todas as interpretações aparentes de um individuo são insuficiente, tanto no contato visual como na sua singularidade personal. 

Até um filósofo se abrir um consultório apenas pra pensar poderá receber da própria família um encaminhamento para um psicólogo, um psiquiatra e possivelmente destes um atestado de insanidade mental. Porque aos olhos de muitos ficar em silêncio para pensar pode significar o corpo estar falando algo. Neste caso até pensar é perigoso! O Corpo fala, ou a literatura fala por ele?


Neuri Adilio Alves
Professor de Filosofia

sexta-feira, 15 de março de 2013

15 DE MARÇO DIA DA ESCOLA - MAS O QUE É A ESCOLA?

Escrito por: Gabriel Perissé

"A escola não é arquivo morto, não é cabide de empregos, moeda de troca política, campo de batalha." 

A escola não é ilha isolada no oceano social. Não é lugar para guardar crianças, ou reformá-las, embora possa ajudar, orientar e até alimentar. A escola não é paraíso. Nem inferno. A escola não está aí por acaso. A escola salvará a sociedade se a sociedade salvar a escola.


Os professores na escola não são mágicos, não são heróis (embora heroísmo não falte a muitos deles), não são gênios (muito menos da lâmpada), não são mercenários, não são santos, não são famosos, não são poucos, não são suficientes, não são muitos, não são o que pensamos que são. 

Os professores são pessoas cuja profissão é ajudar na humanização de outras pessoas, os alunos. Cabe aos professores avaliarem os alunos. Avaliação não é punição. Não é acusação. Não é vingança. Não é fatalismo. Não é perseguição. Não é condescendência. 

Cabe aos pais acompanharem os filhos. Conversar com os filhos sobre a escola. Conversar com a escola sobre os filhos. Conversarem pai e mãe entre si sobre a escola que os filhos freqüentam. 

Cabe aos alunos entenderem a escola. Cuidarem dela. Defendê-la. A escola não é ponto de tráfico de drogas. A escola não é a sede do tédio. Não é apenas lugar de encontro. Mas o que é a escola mesmo? 


A escola não é uma idéia vaga. Não é um lugar onde há ou não há vagas. Não é vagão de trem onde entramos e do qual saímos quando chega à próxima estação. 

A escola não é a sua quadra de esportes, não é um conjunto de salas de aula, não são suas paredes (sujas ou limpas), janelas (abertas ou fechadas), portas (com cadeados ou não), armários (vazios ou cheios), escadas (perigosas ou seguras), computadores (novos ou obsoletos), bibliotecas (reais ou fictícias). A escola não é o que vemos. 

A escola não é arquivo morto. A escola não é cabide de empregos. Não é moeda de troca política. Não é campo de batalha. Não é um curso de idiomas. Não é empresa competitiva. A escola não é clube, não é feira, não é igreja, não é partido. 

A escola, o que é? Sabe a escola nos dizer o que ela é? Alguém sabe? 

A escola é um problema insolúvel. 
A escola é uma probabilidade. 
A escola é uma experiência... é uma esperança. 

Gabriel Perissé 
Doutor em Filosofia da Educação pela USP e coordenador pedagógico do Ipep (Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa).

segunda-feira, 11 de março de 2013

TEMOS UM GOVERNO PROGRESSISTA!!! SERÁ?

Raciocine comigo, se o governo é progressista, tem maioria na câmara e no senado e mesmo assim não consegue avançar em questões necessárias e fundamentais para o país como:
- 'Reforma Tributária' (duto de assalto ao bolso do povo);
- 'Reforma da Previdência' (um câncer da classe trabalhadora);
- 'Reforma Politica' (aberração da Democracia);
- 'Reforma do Código Criminal' (jargão legalista da impunidade);
- 'Reforma da Educação' (sinônimo de atraso e desvalorização),


(...) temos que desconfiar sim de suas prerrogativas e proposições.


Ou somente 'Reforma Ortográfica' é mais fácil ( porque além de não romper com acúmulos e interesses de grupos ainda incrementa lucros a grandes industrias gráficas, editoras e afins). Talvez seja a hora de se fazer este análise por suspeitadas razões: ou o governo tem o 'Rabo Preso' com Banqueiros, Empresários e sua especulação do capital ou não tem 'Coragem e Vontade Politica' pra isso! O que por si só seria uma atestado de incoerência, incompetência e traição a confiança depositada pelo povo. Prefiro não acreditar nisso ainda!
Mas chega ser contraditório as centrais Sindicais que tanto contribuíram para a chegada desta governo a Brasilia precisarem ficar cobrando o que deveria ser um compromisso ético do governo federal assumido com os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Ou estou errado e apenas reproduzindo o discurso da mídia facísta como as vezes tentamos mentir a nós mesmos para salvar a pele do governo. Um pouco de inteligência e ação critica as vezes pode fazer com que aqueles que acreditam estar cômodos em seus cargos de oficio possam perceber que precisam avançar.

É preciso se despir da velha e frágil certeza que a massa de explorados se contenta com uma falsa disputa ideológica travada apenas pela cor e sigla partidária. A história explicita que as grande rupturas em sistemas de governos no mundo se deram por traição a classe trabalhadora, e sua forma de organização. E quando as criticas não mais são emitidas apenas na mídia dos 'textos pagos' e tendenciosa é preciso abrir os olhos principalmente se a pretensão de é de estender o governo por mais um período. Porque isso pode ser o sintoma de que a massa que o elegeu mesmo atendida por politicas sociais esta sofrendo e na trincheira do descontentamento se prepara usando de munições pra atingir o alvo das mudanças!

Pelo fim da insolência estrutural dentro governo se faz necessário gritar, do contrário o ministro Guido Mantega e sua trupe de metralhas vão colocar a Dilma a deriva! Porque um Governo que não faz as necessárias reformas, pode perder a credibilidade "tão fácil" como alcançou! Na democracia nada é sólido a ponto de abusar. A implantação de politicas sociais importantes como temos não é o suficiente para se creditar o titulo de progressista, é preciso romper caminhos em direção as necessárias reformas estruturais também. Abre o olho Dilma, querem te derrubar!

Professor/Pesquisador
Neuri Adilio Alves