sexta-feira, 15 de março de 2013

15 DE MARÇO DIA DA ESCOLA - MAS O QUE É A ESCOLA?

Escrito por: Gabriel Perissé

"A escola não é arquivo morto, não é cabide de empregos, moeda de troca política, campo de batalha." 

A escola não é ilha isolada no oceano social. Não é lugar para guardar crianças, ou reformá-las, embora possa ajudar, orientar e até alimentar. A escola não é paraíso. Nem inferno. A escola não está aí por acaso. A escola salvará a sociedade se a sociedade salvar a escola.


Os professores na escola não são mágicos, não são heróis (embora heroísmo não falte a muitos deles), não são gênios (muito menos da lâmpada), não são mercenários, não são santos, não são famosos, não são poucos, não são suficientes, não são muitos, não são o que pensamos que são. 

Os professores são pessoas cuja profissão é ajudar na humanização de outras pessoas, os alunos. Cabe aos professores avaliarem os alunos. Avaliação não é punição. Não é acusação. Não é vingança. Não é fatalismo. Não é perseguição. Não é condescendência. 

Cabe aos pais acompanharem os filhos. Conversar com os filhos sobre a escola. Conversar com a escola sobre os filhos. Conversarem pai e mãe entre si sobre a escola que os filhos freqüentam. 

Cabe aos alunos entenderem a escola. Cuidarem dela. Defendê-la. A escola não é ponto de tráfico de drogas. A escola não é a sede do tédio. Não é apenas lugar de encontro. Mas o que é a escola mesmo? 


A escola não é uma idéia vaga. Não é um lugar onde há ou não há vagas. Não é vagão de trem onde entramos e do qual saímos quando chega à próxima estação. 

A escola não é a sua quadra de esportes, não é um conjunto de salas de aula, não são suas paredes (sujas ou limpas), janelas (abertas ou fechadas), portas (com cadeados ou não), armários (vazios ou cheios), escadas (perigosas ou seguras), computadores (novos ou obsoletos), bibliotecas (reais ou fictícias). A escola não é o que vemos. 

A escola não é arquivo morto. A escola não é cabide de empregos. Não é moeda de troca política. Não é campo de batalha. Não é um curso de idiomas. Não é empresa competitiva. A escola não é clube, não é feira, não é igreja, não é partido. 

A escola, o que é? Sabe a escola nos dizer o que ela é? Alguém sabe? 

A escola é um problema insolúvel. 
A escola é uma probabilidade. 
A escola é uma experiência... é uma esperança. 

Gabriel Perissé 
Doutor em Filosofia da Educação pela USP e coordenador pedagógico do Ipep (Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa).

segunda-feira, 11 de março de 2013

TEMOS UM GOVERNO PROGRESSISTA!!! SERÁ?

Raciocine comigo, se o governo é progressista, tem maioria na câmara e no senado e mesmo assim não consegue avançar em questões necessárias e fundamentais para o país como:
- 'Reforma Tributária' (duto de assalto ao bolso do povo);
- 'Reforma da Previdência' (um câncer da classe trabalhadora);
- 'Reforma Politica' (aberração da Democracia);
- 'Reforma do Código Criminal' (jargão legalista da impunidade);
- 'Reforma da Educação' (sinônimo de atraso e desvalorização),


(...) temos que desconfiar sim de suas prerrogativas e proposições.


Ou somente 'Reforma Ortográfica' é mais fácil ( porque além de não romper com acúmulos e interesses de grupos ainda incrementa lucros a grandes industrias gráficas, editoras e afins). Talvez seja a hora de se fazer este análise por suspeitadas razões: ou o governo tem o 'Rabo Preso' com Banqueiros, Empresários e sua especulação do capital ou não tem 'Coragem e Vontade Politica' pra isso! O que por si só seria uma atestado de incoerência, incompetência e traição a confiança depositada pelo povo. Prefiro não acreditar nisso ainda!
Mas chega ser contraditório as centrais Sindicais que tanto contribuíram para a chegada desta governo a Brasilia precisarem ficar cobrando o que deveria ser um compromisso ético do governo federal assumido com os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Ou estou errado e apenas reproduzindo o discurso da mídia facísta como as vezes tentamos mentir a nós mesmos para salvar a pele do governo. Um pouco de inteligência e ação critica as vezes pode fazer com que aqueles que acreditam estar cômodos em seus cargos de oficio possam perceber que precisam avançar.

É preciso se despir da velha e frágil certeza que a massa de explorados se contenta com uma falsa disputa ideológica travada apenas pela cor e sigla partidária. A história explicita que as grande rupturas em sistemas de governos no mundo se deram por traição a classe trabalhadora, e sua forma de organização. E quando as criticas não mais são emitidas apenas na mídia dos 'textos pagos' e tendenciosa é preciso abrir os olhos principalmente se a pretensão de é de estender o governo por mais um período. Porque isso pode ser o sintoma de que a massa que o elegeu mesmo atendida por politicas sociais esta sofrendo e na trincheira do descontentamento se prepara usando de munições pra atingir o alvo das mudanças!

Pelo fim da insolência estrutural dentro governo se faz necessário gritar, do contrário o ministro Guido Mantega e sua trupe de metralhas vão colocar a Dilma a deriva! Porque um Governo que não faz as necessárias reformas, pode perder a credibilidade "tão fácil" como alcançou! Na democracia nada é sólido a ponto de abusar. A implantação de politicas sociais importantes como temos não é o suficiente para se creditar o titulo de progressista, é preciso romper caminhos em direção as necessárias reformas estruturais também. Abre o olho Dilma, querem te derrubar!

Professor/Pesquisador
Neuri Adilio Alves

terça-feira, 5 de março de 2013

EU SEI! E NÓS QUERENDO PODEMOS SABER QUE NESTE MOMENTO:


... milhões de crianças no mundo estão morrendo de fome! NENHUMA DELAS É DE CUBA!

... milhares de criança no mundo não tem acesso a Escola Publica de Qualidade. NENHUMA DELAS É DE CUBA!

... milhares de criança no mundo em profundo estado de desnutrição e abandono. NENHUMA DELAS É DE CUBA!

... milhares de pessoas no mundo estão agonizando a espera de atendimento médico em hospitais e Postos de Saúde. NENHUMA DELAS É DE CUBA!

... milhares de pessoas jovens/adultos/idosos viciados em Cocaina, Maconha, LSD, Crack entre outras drogas pesadas. NENHUMA DELAS É EM CUBA!

... milhares de mendigos habitam calçadas, praças e ruas de cidades a espera de um prato de comida. NENHUMA DELAS É EM CUBA!

... milhares de idosos abandonados em Asilos, Abrigos ou Depósitos de velhos. NENHUMA DELAS É EM CUBA!

… milhões de metros cúbicos de poluição sendo despejado na natureza. NENHUM DELES SENDO JOGADO POR CUBA.

... milhões de analfabetos no mundo que não sabem assinar o próprio nome e perderam até as digitais colhendo laranja. NENHUMA DELAS É DE CUBA!

MAS O PIOR É QUE:
NESTE MOMENTO HÁ CENTENAS DE IDIOTAS NO MUNDO, MUITOS DELES NO BRASIL ATIRANDO PEDRA EM SISTEMA DE GOVERNO COMO DE CUBA MAS NÃO CONSEGUEM ADMINISTRAR A PRÓPRIA VIDA.

- Agridem suas mulheres,
- Maltratam seus empregados;
- Espancam seus animais e dos vizinhos também;
- Colocam fogo em moradores de rua;
-  Fazem racha com seus veículos importados;
- Desprezam e agridem frentistas em Postos de Combustíveis;
- Atiram pedra em programas sociais como Bolsa família; Cotas Universitárias; Bolsa Escola entre outros;
- Tratam os excluídos da economia como o lixo do mundo;
- Tratam os desprovidos das suas vidas mesquinhas de pequenos burgueses como se fossem a desprezível matéria da vida social;

IDIOTAS que dão forma ao conteúdo putrefato da vida social, eles são a chaga aberta que fomenta o preconceito, são a negação formal e categórica da moral e da ética cívica.

A negação da espécie!  

“Na vida perdemos todos os valores éticos/humanos quando fechamos propositadamente nossos olhos a verdade, negando por imposição do ego e força das contradições o que precisaríamos ver sem a miopia egoísta do pouco que somos.”

Neuri Adilio Alves 
Professor/Pesquisador

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

FALTAM 23 ALUNOS NA MINHA HISTÓRIA.

Professor da Ufsm Elvio Isaias da Silva

"(...) só agora, entendendo melhor as coisas, no silêncio da casa, não quis esconder o choro." 

Talvez tenham sido necessários esses trinta dias para a "ficha começar a cair". Antes ainda estava difícil de acreditar. Ainda está. Não foram poucas as noites em que acordei de madrugada, assustado, e parecia que estava vendo ali, na minha frente, o Macagnan, os Piovesan (Luis Felipe e Ricardo), a Melissa, a Paula, a Andrise, o João, o Éricson, todos. Todos eles ficaram tão marcados na minha memória. Eles nem sabiam o tanto que significavam pra mim. 

Minhas primeiras aventuras docentes contaram com a camaradagem de cada um deles. Eram respeitosos, mas a proximidade de idade entre eu e eles (10 anos aproximadamente) fazia com que as coisas em sala de aula tivessem sentidos muito particulares. 

O João foi o primeiro a me contestar, na primeira aula, e por isso ele ficou gravado na minha memória e de lá não sairá jamais. Eram tantos que ficavam após a aula para conversar. 

Como a Paula, que perguntou se era interessante fazer intercâmbio nos EUA. Dei a maior força, mas pelas circunstâncias da vida acabou mudando de ideia. 

Como o Lucas, que sem dúvida era um dos mais brilhantes. Já havia estado com ele antes da faculdade, num estágio que fiz no IFF SVS. 

Como o Salla, gozador e sério ao mesmo tempo. Como o Ricardo, irmão do meu colega de turma de Agronomia, Rafael Piovesan. 

Como o Macagnan, que gostava de rock e sempre nos encontrávamos na boate do DCE. E agora faltam 23 alunos na minha história. 

Ontem caminhei léguas procurando o jornal que trazia uma homenagem a todos eles. Andei de banca em banca, sem sucesso. Do calçadão à rodoviária. Por sorte hoje apareceram mais alguns exemplares e assim poderei guardar ao menos essas poucas páginas com um pouquinho da história de cada um, como uma singela lembrança.

Um mês depois e o que dizem pela rua é que "já passou", "agora tudo volta ao normal". Será? Por força dos prazos acadêmicos, que nada sabem das histórias pessoais daqueles números que registram em suas estatísticas, temos que terminar os trabalhos, terminar o projeto para a qualificação, etc, etc.

Sim. Farei tudo isso, talvez com a qualidade aquém da esperada, mas com muito esforço. Porque hoje, as 8h da manhã, acordei com o barulho. Imediatamente um filme passou em minha cabeça. Um mês depois. E talvez só agora, entendendo melhor as coisas, no silêncio da casa, não quis esconder o choro. Faltam 23 alunos na minha história. 

Elvio Isaias da Silva - Professor 
Doutorando da Ufsm/RS na área de Agronomia


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

SANTA CATARINA - O Cretinismo da Crônica Esportiva!

"Em Santa Catarina o que define se um time de futebol é grande ou não é a sua real localização geográfica, por isso a Chapecoense nunca será considerada grande!" 

A Inveja é uma merda quando o orgulho é o fio condutor da BURRICE maculada dos que não aceitam os talentos que emergem do interior do Estado. Me perdoem por supostos equívocos que posso cometer aqui no intuito de fazer justiça, mas vamos tentar enumerar apenas algumas evidências. Vejamos: 

- Temos a história gloriosa de Paulo Roberto Falcão o Rei-de-Roma natural da cidade de Abelardo Luz; 

- Temos o melhor Futsal Feminino do Mundo (Unochapecó/NTozzo/Aurora); 

- Temos a melhor jogadora de Futsal Feminino do mundo escolhida pela 3ª vez (Vanessa Cristina Pereira) com residência aqui em Chapecó; 

- Temos o Vice Campeão Nacional de Handebol da cidade de Concórdia; 

- Temos um Campeão mundial de UFC, (Junior Cigano) natural de Caçador; 

- Temos um dos maiores Jogadores de Handebol do mundo; (Macarrão) da cidade de Joaçaba; 

- Temos uma das melhores Goleiras do Mundo Chana Masson no Handebol da cidade de Capinzal; 

- Temos um time Tetra Campeã na bocha feminina do Estado; Campeã Brasileira, e Terceira Colocada no Mundial da Turquia aqui de Chapecó; 

- Sempre tivemos também os melhores jogadores de Bocha Masculino do Brasil e do Mundo aqui em nossa Região; 

- Já tivemos o melhor Handebol e Voleibol Masculino do Brasil aqui da Região Oeste também e continuamos formando grandes talentos; 

- Temos o melhor cronista esportivo do Estado (minha opinião) Ivan Carlos, um coração que palpita na ponta do microfone; 

- Temos uma Chapecoense de gloriosa história fazendo futebol com a contribuição associativa de seu povo sem ajuda de estatal, ou atravessadores de Impostos e assim mesmo o time do Oeste (eu disse do oeste porque somos um só povo) está sempre entre os primeiros. 

- Temos uma das mais belas regiões do Brasil, um dos maiores parque agroindustrial de alimentos do mundo, pela força empreendedora de nossos agricultores, movido por operários, (e também indígenas). Aqui os talentos do esporte não são produzidos em laboratórios ou na promoção midiática geográfica mas no puro talento alimentado pelo esforço de humildes famílias e persistência. 

- Temos... temos... temos... temos... !!!!!!!!!!!!!!!!! Para além do esporte, a rica ousadia cultural do Carnaval em cidades como Joaçaba, Itá, Concórdia entre outros, sem deixar a deseja em nada. 

Enfim temos o que há de mais sagrado na vida social interiorana, que é a Ética, a Honestidade e a Coragem de nos assumirmos como povo do interior do estado, mas com uma mentalidade mais civilizada dos que vivem com os pés na 'Areia movediça das Contradições, Surfam nas marés elevadas da Inveja e Descansam numa espécie ridícula de cultural emancipação geográfica! - Que lixo de mentalidade! 

Enfim Caros oestinos... "Não estamos entre os grandes do futebol em Santa Catarina" porque estamos distante geograficamente dos grandes, mas não podemos esquecer que somos campeões do Primeiro Turno do Catarinense também. Grita ai é campeão!!! - Daqui a pouco falamos mais, não é Roberto Alves???

Abaixo ao preconceito regionalista! E Viva nós os CAMPEÕES DA HUMILDADE ACIMA DE TUDO!!! 

Neuri Adilio Alves
Professor/Pesquisador

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

SANTA CATARINA - O TERRORISMO TAMBÉM É FRUTO DE NOSSAS INCONSEQUENTES ESCOLHAS

“Aqui o terrorismo é o reflexo de nossa decadente escolha democrática! Ou agora ninguém votou em Raimundo Colombo?”

Precisamos sim rememorar o histórico de terror em Santa Catarina, da Guerra do Contestado a paz incinerada dos dias de hoje em nosso estado. Precisamos sim caro catarinenses desaprovar qualquer ato de terrorismo em defesa da vida e do patrimônio público. Mas precisamos também urgentemente visitar nossa pia democrática, nosso histórico livro do 'tombo', nossos dias de cidadania, nossas desperdiçadas energias na defesa de quem tem hipotecado nossa tranquilidade em troca dos interesses e acúmulos pessoais e da terrorista politicagem há décadas/séculos em nosso Estado.

Estes atos de terrorismo em Santa Catarina não é apenas uma extensão primária provinda de dentro de presídios sob ordens dos desordeiros, executadas por profissionais da marginalidade e sintética coragem. É preciso acrescer a isso a égide fracassada de uma Secretária de Segurança Publica alicerçada sob os pilares da firula fisiológica do governo. Precisamos com certeza e urgência inverter a discussão do processo e nos colocar na rota de colisão com todos os acontecimentos. Pois o que cobrar do Estado, se há mais de 50 anos os cidadãos continuam votando nos que hoje ainda des/governam, em décadas sucatearam o sistema de Segurança Pública com poucos investimentos, parcos concursos, salários miseráveis à Policiais Militares e Civis, Bombeiros, Agentes Prisionais e Professores.

Os presidiários para além de apenados pela subversão à qualquer ato da ordem social, também são uma extensão de nossa fracassada ação social. Assim como nós eles são vitimas de um deplorável estado de sucateamento nas politicas públicas. Eles precisam ser apontados pelo Estado como a face maniqueísta do mal, para que o estado possa continuar vendendo a imagem da “Face Suja do Bem” e lavar suas mãos acometidas com o 'crime' da ineficiência. Mas para que isso se perpetue ele precisa justificar com uma personalização do mal no caso os apenados. Vejam se estas não tem sido todas as justificativas emitidas pelo governo de Colombo e seus papagaios de pirata a frente da Secretaria de Segurança! Basta rememorar a entrevista de muitos responsáveis pela segurança no estado, todos atuando muito mais como escudo do governo do que coerentes responsáveis pela solução da problemática instaurada. Falta folego moral pra este governo soprar as chamas que queimam não os bens materiais mas a dignidade do povo catarinense.

Todos os ataques cometidos nestes dias em Santa Catarina precisam ser visto por nós catarinenses como um grande recado. Não é o recado de que as penitenciárias do estado estão lotadas de criminosos de alta periculosidade. Mas sim, que entre os maiores atos de criminalidade é a ausência do estado na efetivação da responsabilidade social das politicas públicas 'supliciadas' à décadas por aqui em troca da 'benesses' do aparelhismo sujo do Estado e seus roedores. De Cristóvão Colombo à Pedro de Alcantara, da República Juliana à Nossa Senhora do Desterro (coincidência ou não com os fatos também conhecida como Nossa Senhora da Fuga) o caminho percorrido tem sido marcado pelo acúmulo protecionista de privilégios, da expropriação do patrimônio público, do legado da mentira e da negação sem censura dos direitos de cada cidadão.

Nossa história não pode continuar sendo vista, contada, vendida apenas pelas belas paisagens, pela suposta odisseia colonizadora, pela macro-miscigenação de culturas, povos, e sonhos. Mas acima de tudo, também de nossos erros, nossas tragédias, nossas incompetências e nossas futuras fissuras no estado de culpa. Todos estes atos de terrorismo vão continuar acontecendo mesmo com a transferência de presidiários, porque a maior das tragédias é a nossa empobrecida e incinerada consciência que não consegue transferir perspectivas de novos projetos governamentais. Prova disso é que amanhã já esqueceremos de tudo: dos poucos policiais, dos baixos salários, dos presídios sucateados, da queima de carros e onibus, das desculpas e mentiras de sempre, da 'decadente escolha democrática' figurada em nosso voto inconsequente.

Esqueceremos que o governo é um paraíso remunerado de milhares de comissionados, famintos à devorar a máquina pública e pouco investir em educação, saúde e segurança. Esqueceremos do governo de Expropriação que começa com Cristóvão e chega ao Raimundo com a mesma marca da Colombo/mania que explora nossa terra há mais de 500 anos. Das Capitanias Hereditárias/donatárias de Pero Lopes de Sousa, que daqui já levaram muito, aos de hoje que ainda continuaram a 'levar' e 'lavar' a consciência dos que insistem em se esbaldar nas promessas mesquinhas e seculares daqueles que se esbaldam obesos de nossas contradições.

O que estão queimando em Santa Catarina não é o patrimônio público figurado em Onibus, Caminhões, Carros, mas sim, a materialização de nossa pequena consciência emancipatória. Estão queimando a nossa parcela de culpa, estão queimando nossos falsos ideais e estereótipos ideológicos de comodidade. Estão denunciado nossa incompetência no uso do Sufrágio Universal alçado ainda na primeira república tão deturpado aqui em nossa 'vã' percepção da necessária e coerente mudança. Toda esta onda de medo/insegurança pode ser apenas o prenuncio que ainda teremos muitos dias de incineração de nossa velada paz social se não se mudar o foco de nossas escolhas em período eleitoral. Pois enquanto a maior parcela da população vive trêmula as experiências de conviver com o medo, nos bastidores do aparelho governamental os roedores continuaram a devorar e rir de nossos desesperados pedidos de proteção. E nós até quando permaneceremos encarcerados nesta 'cela' gélida da culpa premeditada sob a escuridão de nossa falta de vergonha que insiste a cada quatro anos em errar novamente? Será que merecemos paz???

Professor/Pesquisador
Neuri Adilio Alves