sábado, 15 de dezembro de 2012

LULA É NOTICIA PELA IMPRENSA INTERGALÁCTICA

Ex-Presidente Lula literalmente é 'Pop Star' pois virou Manchete em toda mídia espalhada pelo nosso cosmos. Veja o que a imprensa de alguns planetas publicaram:

PLANETA VÊNUS: Jornal Correio Simpatia

"Lula retorna ao Brasil nos Braços do Povo... Lula é o Cara!"

PLANETA URANO: Jornal Filhos do Universo

“ Lula é vitima da vazia petulância dos pseudoinformados, um golpe da inveja eterna (...)”

PLANETA NETUNO: Circular Netuniano

“ O Presidente Operário é vitima da calúnia ridícula de criminoso da publicidade no Brasil! Lula para sempre!”

PLANETA SATURNO: Jornal Anéis de Saturno

“ A 'Magestade' jamais perder a coroa, mesmo sobre covardes e mentirosos ataques da imprensa suja, Lula permanece o cara!” 

PLANETA MERCÚRIO: Jornal Folha Roda-de-fogo

“Tentativa de 'chamuscar' o capital ético do Presidente Lula é frustrada pela mídia Golpista na Terra!”

PLANETA PLUTÃO: Correio Zero°Grau

“Terráquia Imprensa Golpista tenta 'esfriar' com vazias acusações o permanente elevado grau de aprovação do maior Presidente da História do Brasil!”

PLANETA JUPITER: Correio Jupiteriano

“Ataque de lunáticos contra a honra do maior presidente da História do Brasil, demonstra o desespero da inveja histórica!”

SATÉLITES DE JUPITER: Europa, Ganimedes e Calisto 
Jornal Circular Lunático Jupiteriano

“Aloprados terráqueos tentam atacar gratuitamente a moral histórica do Presidente Lula. De fato a educação precisa de mais investimento”

PLANETA MARTE: Jornal Folha Marciana

“As acusações contra Lula tem que ser coisa da mídia Golpista do Brasil e não de outro planeta! Não somos nós que estamos deslocados no universo e o universo de idiotice no Brasil que curva a verdade”

PLANETA TERRA: JORNAL CORREIO DE VERDADE

“Presidenta Dilma aumenta aprovação para 78% deixando a imprensa bandida ainda mais raivosa!”

PLANETA B 612 - (Pequeno Principe) - Jornal A Majestade

"Mesmo após deixar a presidência do Brasil Lula é alvo dos 'bobos da corte'! O príncipe dos pobres que derrubou a muralha da indiferença!"

Fonte: 
Correspondente Terráqueo - Isto Aqui é Brasil 
Neuri a²

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

FETICHE DO CAPITAL AQUI ESTAMOS NÓS


"Não tenho saudades do tempo de dificuldades, mas tenho dificuldade de  comprar Havaianas no valor que esta!"

"No Capitalismo tudo passa a ser 'chique'! Veja o exemplo clássico das populares Sandálias HAVAIANAS e de produtos como as Malhas HERING (aqui em Santa Catarina) que eram mercadorias de maior uso/consumo apenas pelos pobres. E a razão se dava pela viabilidade econômica ligada a camada social com seus valores compatíveis aos ganhos do assalariado de época. Sendo os mesmos formados basicamente de operários, lavradores, pescadores e familiares. Aliás quem de nós não usou uma camiseta Hering, ou uma "Chinela" Havaianas? 

E hoje você já fez uma breve visita aos locais onde se comercializam estes produtos? Como é possível perceber o 'darwinista sistema de capital' agregando publicidade e nos consumindo como presas na grande engrenagem da Mercadoria e seu processo cíclico de permanente exploração! 

Hoje para além da necessidade colocar uma Sandália Havaianas nos pés, encontra-se o desejo de ser a mais decorada e bonita possível. Não sendo diferente de qualquer peça da Hering que virou 'artigo de luxo' em suas Lojinhas Chiques espalhadas por avenidas e grandes Schopping, com seus produtos apresentados por jovens bem maquiadas, perfumadas e produzidas como sacerdotisas do grande templo do consumo da etiqueta. 

Fato mesmo que entre centenas de milhares de produtos 'reciclado esteticamente' no grande tempo do consumo eu apenas exemplifiquei estes dois, que assim como tantos se tornaram objetos de luxo. E consequentemente ficando com certeza cada vez mais distante dos trabalhadores ao terem sido elevados às 'vitrines iconizadas' dos artigos de alto poder aquisitivo. Embora num passado pouco distante quando eu iniciava minha vida escolar calçando as 'Sandálias Havaiana' e vestindo as sofridas camisetas de malha Hering nós eramos vistos apenas como números da pobreza e miséria as margens da sociedade privilegiada de consumo. 

Uma salva de palmas ao capitalismo! E uma boa sorte a todos nós mercadorias consumidoras, vitimas do permanente canibalismo do mercado das coisas fúteis mas atrativas, assim como das luxuosas necessidades desconhecidas. Agora me desculpem mas preciso dar uma olhada nas vitrines esta tudo muito lindo e atrativo por aqui. Estão todos convidados... vem comigo!

Neuri Adilio Alves


sábado, 10 de novembro de 2012

A NOSSA MIOPIA SOCIOANÁLITICA


“Aqui bem perto de nós tem muito disso!”


Costumo dizer que em nosso meio existe um alto grau do que eu conceituo de 'Miopia Socioanálitica'. Muito presente naqueles que passam a vida presos ao sincretismo de jargões teóricos e desconectados fragmentos de grandes pensadores. Quase sempre oferecidos publicamente como artífice de justificativa e explicação frente a determinadas questões. Um clássico exemplo disso é a afirmação marxista: “Os homens apenas interpretaram o mundo de diferentes maneiras; porém, o que importa é transformá-lo.” (Marx, Teses ad Feuerbach). Faço com a boa intenção de provocar a reflexão, pois não é possível que muitos insistam em achar que somente com a 'Marreta' em mãos vão derrubar os muros da superestrutura levantada, ou que apenas com um 'Trator Esteira' podem colocar uma montanha abaixo! Precisamos mais do que isso, precisamos avançar mais, porque a realidade é convidativa.

Levanto tais questões porque é assustador a quantidade dos virtuais filósofos – sociólogos – historiadores vomitando fragmentos deslocados da realidade, local/material/temporal, e arrotando intelectualismo rico em vazia interpretação. Um sucesso no meio dos leigos e um fracassado silêncio junto aos que tem um leitura mais sólida da realidade. Não dá pra ficar calado, porque minhas limitações também me provocam inquietude (…). Desafiados também é o convite para avançar mais na leitura de nossa própria realidade aliada ao mergulho nas obras primas. Pois isso possibilita-nos fazer de forma mais lucida o paralelo interpretativo da realidade. Impedindo assim por vezes que o voraz exercício prático militante não desabe no lacismo relaxado dos que acham que o tempo já lhes deu a necessária experiência como receitas prontas para mudança de qualquer realidade. Um ledo engano e presente engodo em nosso meio, manifesto no fracasso da mera vontade de mudança de muitos militantes, frente as estruturas financeiras aplicadas como anestesia naqueles que preferem a cadeira cativa do conformismo e ficam sentados na arquibancada da lutas sociais.

Insisto em dizer que precisamos mergulhar mais na leitura das obras e visitar menos o Wikipédia, lembrando sempre que o Professor Google gagueja muita besteira e quer falar por nós. Somente assim poderemos desvendar mais lucidamente as verdadeiras intempéries de nossa dura e suja realidade sócio/local. Somente assim poderemos ser proponentes verdadeiros da transformação! Para além disso é pura perda de tempo, ilusão. Uma negação a possibilidade de organização social mais sólida e coerente. Vamos deixar Marx descansar um pouco sem esquecê-lo é claro, mas vamos presentear mais nosso cérebro também com belas reflexões, pois elas são as fecundas sementes que podem explodir para germinar frutos futuros da transformação. De modo que estaremos fazendo jus à nossa espécie 'homo sapiens' e nos libertando do co-achismos de sempre. Toda miopia real pode ser resolvida mas precisamos de humildade para reconhecer que ela existe, embora o 'ego ideológico' queira sempre enxergar por nós.

“Est modus in rebus!”

Neuri Adilio Alves
Miope Filósofo

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A ESCOLA NÃO É CENTRO DE ADESTRAMENTO


“Fragmentos de minha memória aos 9 anos que se passaram do I Congresso Internacional de educação no ano de 2003!”

Que educação nós queremos para os nossos filhos? Esta é a pergunta que precisa ser refeita em casa. É preciso saltar aos olhos dos pais um olhar ao longe no horizonte. Lá onde inicia o santuário do tempo, na tenra idade onde fomos forjados como suposta matéria bruta, lapidados (as) para as ricas experiências emancipatórias da cidadania futura. Experiência aquela quase como um batismo da educação do 'cagaço' (medo/respeito), aquela iniciada sobre o medo dos corretivos da mamãe e do olhar coercitivo e respeitado do papai,  mas que refletia em bom comportamento na escola.. E para justificar esta necessidade eu quero voltar aos dias 13 e 14 de outubro de 2003, ao I Congresso Internacional de Educação realizado no Anhembi em São Paulo promovido pela Editora Moderna. Como seminarista que se preparava para a vida missionário na Africa Eu estive lá, como mais de mil professores, pedagogos e orientadores de todo Brasil. Foi sem dúvidas um dos maiores e melhores debates sobre a Educação em nosso país.

Um Congresso que seria apenas uma atividade para se trocar informação se tornou um marco de análise da realidade educacional no Brasil. Foi lá que pela primeira e ultima vez tive o prazer de ver, ouvir e aprender com um dos maiores educadores e pedagogos universal a Palestra 'Educação uma Experiência Pessoal' com o genial escritor português José Saramago. Foi como um ritual de iniciação nos acalorados debates que se seguiram a exposição do Nobel Escritor para resgatar a imagem do professor e função especifica da Escola. Pois segundo Saramago a escola não pode assumir o papel de educadora, porque este é o papel da família. A escola é o ambiente onde se deve revolucionar o conhecimento, o lugar onde se estimula o desenvolvimento das potencialidades do estudante, e não o lugar onde se procura lapidar o que já exige implosão.

Ao falar do processo de formação pessoal ele assim descreveu: “ Os meus primeiros educadores eram analfabetos. Durante sete anos não fui educado porque os meus não sabiam ler e escrever, assim como milhões de pessoas no Brasil não sabem ler e escrever.” - Mas é um erro confundir educação (mais complexa e profunda que envolve a família como formadora), com Instrução (relacionada à informação), porque analfabetos não podem Instruir mas apenas Educar. E completou: “ A escola não pode suprir o que porventura, a família não soube ou não quis resolver.” Para Saramago independente das famílias serem humildes ou não, podem ocorrer dificuldades em instruir, mas que os pais não podem fugir da tarefa de educar. Para ele a omissão de responsabilidade educacional familiar acaba se refletindo nas relações na escola. “Há uma situação de crise no interior da sala de aula, que leva muitas vezes, à situação física, com professor humilhado, e à perda do sentido de autoridade, dificultando uma relação capaz de discutir e gerar troca de saberes e conhecimento.” Acrescentou brilhantemente: “os mestres (professores) são os heróis de nosso tempo. É na escola que se aprende os limites da liberdade.”

A abordagem aqui se justifica pela situação enfrentada no Brasil por milhares de professores vitimas dos desafios da falta de limites com que os alunos chegam as salas de aula. Centenas são os casos de conflitos entre alunos e professores, violência, ameaças, e até casos de assassinatos. Milhares são os casos de atos irracionais entre próprios colegas de classe. O fato é que a escola se tornou a receptora legal de uma espécie protótipo de de pequenos delinquentes. Vem se tornando uma espécie de depósito de um bruto material humano, um lugar para adolescentes canalizarem suas frustrações e rebeldia no professor encarregado de ajudar-lhes no processo de amadurecimento no campo do conhecimento.

O sofrimento da escola se amplia no grande numero de professores desvalorizados, abandonados pelos governos, violentados pela cobrança da sociedade por creditar-lhes o papel que não os compete que é educar, quando a função é tão somente ensinar. A escola não pode ser o centro de adestramento para o mercado de trabalho ou qualquer aventura cidadã. A escola precisa superar sua fase de escrava imperativa da poderosa microfísica da politica suja que se apodera do aparelho de Estado, transformando educadores em generais guardiões, doutores da ignorância e especialistas sectários ideológicos, que passam, semestres, fases e anos parasitando os departamentos de gerência da educação formativa. Verdade ainda a ser mais exposta apontando exemplos aqui em nossa cidade com os pesados cabides de parasitas comissionados dos órgãos públicos de educação.

Nós só temos uma saída enquanto esperançosos espectadores de uma profunda revolução educacional em nosso país. É a esperança dos que sonham com maior valorização por parte dos governos, valorização da sociedade, a recolocação da família no compromisso da formação de seus filhos e nossos cidadãos. E o nosso grande papel como membros desta grande família chamada Brasil, para além de meros amigos da escola precisamos ser o fiéis guardiões da integridade funcional e direcional do processo para que possamos continuar creditando a sua fundamental importância pra aquilo do qual nós chamamos de futuro de nossos filhos. Do contrário recontaremos o fim da história num grande 'conselho de classe público' narrando como epopeia trágica a degradação de nosso próprio futuro como nação; como estado e como munícipes.

Trechos de Entrevista do Escritor José Saramago:

“O tempo para refletir, ele é necessário. Pode uma pessoa ser competentíssima mas se ela se tornar uma máquina de trabalhar, isso me parece que é condenar a inanição ou inatividade um órgão que nos custou milênios a criar e desenvolver, uma coisa um pouquito repugnante chamado cérebro. Porque cada vez há mais coisas para saber, e cada vez há menos condições para sabê-las. Então o que acontece é que o saber concentrou-se numa minoria, numa elite. Não é que saibam de tudo, mas estão juntos. E todos juntos são como que uma espécie de intelectual orgânico, ou um cientista orgânico. Como se constituíssem um galáxia de saber. E além disso, há uma imensa massa cada vez maior de ignorantes. Ignorantes que sabem ler, que sabem escrever, que são capazes de ler um jornal mais ou menos, que já têm certa dificuldade em penetrar num texto mais complexo. O problema da massificação do ensino não foi resolvido. As portas da escola e da universidade abriram-se e entraram milhares e milhares de jovens. E o sistema não estava, e continua não estar, preparado para dar a esses jovens o ensino da mesma qualidade que supostamente se pensaria que seria a obrigação do sistema educativo dar.”

“ Escola deveria ensinar a ouvir. Cabe a ela ensinar o aluno a escrever corretamente e também explicar por por que as regras são assim e não de outra maneira. Mas a escola não será o lugar onde se revoluciona a estrutura da língua. Esta tarefa pertence aos escritores, se estes considerarem que têm motivos para fazer.”

Neuri Adilio Alves
Filósofo - Professor, Pesquisador 


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

LÁ O CULPADO JOÃO DE BARRO, AQUI A FALTA DE AGUA


“Lá foi a falta de Luz, aqui tem sido a falta de Água, para todos nós a pertinente ausência de Estado vira um Estado de descaso e vergonha!”

LÁ FOI FALTA DE LUZ:
Os incompetentes papagaios de pirata sempre jogam a culpa das irresponsabilidades ou nas intempéries de ordem natural com seus agentes do meio ambiente ou no que justificam como falha humana mas causadas pelos sucateados mecanismos técnicos. Digo isso porque fatos interessantes ocorreram durante esta semana aqui em Chapecó e Nova Itaberaba. O primeiro envolvendo a Celesc foi a descarada irresponsável explicação que o Responsável Técnico da empresa apresentou para justificar o prejuízo do produtor rural no município de Nova Itaberaba, acusando o pássaro João de Barro como causador do blecaute de energia e natural culpado pelo prejuízo de mais de 10 mil reais sofrido pelo agricultor com a falta de energia.

O fato é que sem energia os ventiladores internos ficaram desativados levando a morte assistida de todos os frangos em 2 horas. Acumulando os prejuízo e as justificativas descabidas da empresa para desonerar suas responsabilidades apresentando laudo primário que joga nas costa (aliás nas asas do João de Barro) a culpa, o produtor precisa entrar na justiça. Precisa cobrar os prejuízo causados pelo descaso da Companhia Elétrica e pela ausência irresponsável de Estado neste município, e se necessário que seja ação coletiva. Porque uma certeza de antemão já se tem, o João de barro não vai se sentar no Banco dos Réus.

Não é possível caros cidadãos que este "João de Barro" venha a tanto tempo sendo o perturbador da ordem social dos prejuízos materiais, da desordem natural e continue voando tranquilo enquanto nada se faz. Há muito tempo a falta de energia é rotina neste município, eu mesmo já fiquei mais de três horas sentado na praça central no ano de 2010 a espera da energia para que o cartório pudesse imprimir um documento para mim. Se o agricultor não entrar na justiça e cobrar pelos seus danos já se cogita segundo informações dos devotos de todos os santos que São Francisco de Assis como santo protetor dos animais deve advogar pelo João de Barro em ação judicial contra o Estado cobrando danos morais por calunia e difamação contra o pássaro!

AQUI FOI A FALTA DE AGUA:
O que muda são os caras de pau, mas as desculpas são sempre as mesmas, sempre sob a mesmas orientações. O Segundo fato da semana é a falta de água no Bairro Bom Pastor, Vila Betinho região do grande São Pedro aqui em Chapecó numa semana de muita chuva. Mas também justificado pela Casan como suposto vazamento naquela região até agora não encontrado. O que gera uma curiosidade e o tamanho deste vazamento e uma provocação aos estudantes de geologia. Pois para faltar água em plena semana de chuva como tivemos é de desconfiar se o 'aquífero guarani' não fez uma ligação clandestina (o popular gato) para abastecer seus lençóis freáticos. VERGONHA! Já estamos esgotados deste 'DESCASODUTO' que Celesc e Casan sob a gerência dos cabideiros parasitas nas malditas administrações do Estado de Santa Catarina e dos Municípios tem trazido a povo, com seus roedores da máquina publica como os Macieski, Varella e Sander.

Em Nova Itaberaba um malandro João de Barro e aqui em Chapecó um buraco negro para a geologia, e para os cidadão os restos putrefato da máquina pública sendo devorada pelos vermes e seu comissionados da politica suja.

É O FIM!!! - Da série semana da desculpa!

Neuri Adilio Alves
Filósofo  - Cidadão - Observador

A LUCIDEZ É UM LUXO DE POUCOS


Há muito tempo que analiso o comportamento das pessoas, de modo mais intenso e expressivo os que vivem por perto. Quanta contradição! ...quanta avareza por detrás do egocentrismo medíocre estupefato da pequenez camuflada na banca vazia das próprias ilusões. Quantos revolucionários na contra mão da história, aparelhando interesses e violentando instrumentos democráticos e libertadores da classe trabalhadora! Quantos camaradas iludidos com o 'status quo' miserável dos que muito falam e pouco fazem, dos que cegam a justiça com os olhos obesos dos próprios interesses!

Quantos amigos professores frustrados com a vida de sala de aula, desestruturados na vida pessoal, feridos na luta ideológica e mergulhado no stress do dia seguinte. Quantos sindicalistas medíocres vendendo na feira do fisiologismo a falsa imagem de defensores dos trabalhadores. Argonautas diários das redes sociais de relacionamento, fetichismo, sexo e perdição. Traindo os trabalhadores, rasgando a ética ideológica e a um só tempo violentando a dignidade de si mesmo e da própria família.

Quantas 'carolas' conhecidas falando de “Deus”, distribuindo o pão amassado pelas mãos que apertam e desvelam as calosas contradições. Repartem este pão 'amassado' com a língua cortante, e 'assado' na boca como um 'forno do inferno' aquecido pelo calor diário das incessantes fofocas, a ser ingerido aos drinques de intromissão na vida alheia. Pão servido diariamente como ritual sagrado e degradado pelo fio condutor das patotas que alimentam a vida diária pelas mentiras e lorotas.

Quantos 'cientistas' dos causos de roda, pintando a imagem de gênio da história, filósofo de hora e artista sem arte. Santa ausência da lucidez naqueles que comungam da estupidez diária da própria invalidez. Amigos distante e conhecidos de perto, mas que formam a negação da negação dos necessários exercícios diários de uma receita de humildade, com recheados flocos de honestidade a ser servido na farta mesa de nossa negada realidade. Retrato explicito de que estudar precisa ser o latejante sintoma da dor na carne, imune a qualquer fármaco e imensurável por qualquer método qualitativo de notas (médias) obtidas, mas sim pelo acumulo que permanece de claro conhecimento, sintoma cada vez mais raro da lucidez.

Quantos de vós tem se colocado em marcha na direção da vitória sobre as próprias limitações? Quantos de vós tem lutado para vencer os vícios malditos acarretados pela posição social, estrutural e financeira? Quantos de vós tem lutado para controlar o ego nojento exposto no palco ridículo de vossas fragilidades. Quantos de vós tem marcado encontro com a dona lucidez? É hora sim de vocês romperem as algemas que os aprisionam no silogismos peripatético de suas próprias contradições. Para que ao atravessarem a encruzilhada da realidade não sejam engolidos pela sombra da história e envenenados na epistêmica mesa do tempo.

Quanto a mim? ... louvado seja minha tamanha pequenez. Pois aos que se encaixarem neste interim dialógico realista fica o exposto. Porque neste areópago onde vivo nunca se precisou tanto de uma visita a trilha dos velhos princípios da ética, da moralidade e da coerência. Porque não são poucos os que precisam de 'piqueniques' recheados de boa conduta; … de 'acampamentos' de honestidade; … de 'excursões' a procura da lucidez perdida. Estamos precisando de uma revoada de novos valores; … de um banho de cultura; um tornado de honestidade; uma avalanche de transparência; uma tsunami de coerência. Só assim se abre a possibilidade de reciclar o 'Lixo da Estupidez', transformando-o em um 'Luxo da Lucidez'. É um desafio …

Neuri Adilio Alves
Filósofo - Humano - Observador