quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A JUSTIFICATIVA DO CULPADO – NO GOVERNO DOS GRANDES

"A principal e mais grave punição para quem cometeu uma culpa está em sentir-se culpado." (Sêneca) 
Ao longo de minha vida seminarística e acadêmica aprendi algo especifico e muito explicativo. Tudo o que provoca uma justificativa é porque se tem uma parcela de culpa. Esta ridícula nota do Jornal Folha de Chapecó referente às PESQUISAS ELEITORAIS nada mais é do que um ATESTADO DE CULPA oficializado. Pena que aqui perdura a falsa impressão ou tentativa de colocar guela abaixo do povo a ideia de que as pessoas tem pouca inteligência, que ainda é possível acreditar que um Jornal iria tirar de seus próprios acúmulos para fazer pesquisas gratuitas de informação ao eleitor, muito parecido com a Folha de São Paulo que na campanha a presidência a direita seus muitos ladrões patrocinavam publicações facista contra a então candidata Dilma. 

O povo chapecoense ou parte dos que querem enxergar sabem que palavras como “contratradas” não passam de expressões da hermeneutica linguística de cunho jurídico/logístico/morfológico. E que explicações em relação a mesma nem sempre significa reflexo efetivo de determinada causa. Neste caso os supostos investimentos da rede para bancar as tendenciosas pesquisas justificadas como investimento interno do determinado veículo de comunicação. Basta rememorar o ultimo debate e saber o por que o candidato da especifica rede já sabia dos fabricados resultados da Pesquisa que seria publicada no dia Seguinte. Uma vergonha, em rede aberta. E ainda se fala da modista expressão do ‘comportamento e compromisso com a ética informativa’. É o ovo da serpente sendo chocado pela força do maior investimento financeiro, neste universo dos textos pagos. 

Aos meus amigos, lideres sindicais, professores, alunos, microempresários entre outros como escolástico que sou, faço uso aqui da determinação Tomista: “para se evitar um mal maior será sempre licito cometer um mal menor”; porque em Tomás a escolha do mal menor será sempre lícita quando não existe nenhuma outra alternativa possível e se os males em questão são inevitáveis; é lícito então escolher entre eles o mal menor. Em nosso especifico caso o mal menor é espalhar a idéia de que a melhor resposta que podemos dar, é fazer uso de nossa postura ética, cancelando assinaturas dos jornais da referida rede, pois aquilo que não nos acrescenta precisa ser colocado na vala comum do desapego. 

Chega de ficar subsidiando com publicações ou assinaturas veículos da desinformação e deformação de consciência das pessoas. É hora de revolucionar nossas atitudes, dando um basta aos inimigos da democracia e do livre direito a verdade. Para reafirmar meu mestre Tomás de Aquino : “de bono et malo in actionibus oportet loqui sicut de bono et malo in rebus.” (Deve-se falar do bem e do mal nas ações, como do bem e do mal nas coisas, porque cada coisa age como é.) Sumula Teológica Volume III. Não podemos continuar alimentado a fragilidade de uma imprensa que se diz informativa mas que age com as facetas de democracia peripatética no universo da informação intra-ideológica. 


Neuri Adilio Alves
Filósofo, Professor Pesquisador 
Graduado Pela PUC Curitiba, Especialização PUC Campinas.